domingo, 30 de outubro de 2011

NUCLEO DE ESTUDOS E VALORIZAÇÃO DO ESPIRITO - NEVE

NUCLEO DE ESTUDOS E VALORIZAÇÃO DO ESPIRITO


Amigos,

Estamos abrindo um Espaço aonde continuaremos a desenvolver nossos Estudos e a compartilhar experiências sobre a Espiritualidade.

Dia 19/11 as 16:00hs estaremos de portas abertas para recebê-los com o maior prazer.
Venham conosco compartilhar a possibilidade de evolução e valorização de nossos espíritos.

Rua dos Trilhos, 626 altos – MOOCA

Maiores informações:

blogdojangada.blogspot.com

ou

ja.ss@bol.com.br

Forte abraço a todos e que as bênçãos de Olorum inundem vossos corações.

Atenciosamente.

José Antonio(Zé) e Adriana Catelli

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

OMULU

OMULU
Muitas casas cultuam Omulu como se fosse Obaluayê. Eu acredito que são seres diferentes.
Omulu – Trono da Geração (par com Yemanjá)
Obaluayê – Trono da Evolução (par com Nanã)
QUALIDADE – paralisação (fim do ciclo)
Não esquecendo do nosso estudo sobre o marinheiro que trabalha com os ciclos da nossa vida, onde Yemanjá esta no início gerando e Omulu esta no final do ciclo, paralisando o mesmo.
Toda a vez que você esta em um final de ciclo na sua vida, há a ação do Orixá Omulu, e geralmente isso acontece quando você sai da freqüência de Yemanjá porque ele é um Orixá Cósmico.
Todo o ser humano é obrigado a gerar o tempo todo porque a freqüência Yemanjá é Universal, expansora, vibra o tempo todo. Se você não gera, não são criadas oportunidades, não passando por novas possibilidades. Você para de evoluir. Quando você se afasta da geração, vem um orixá (Omulu) que paralisa o que te impede de gerar.
OMULU – pode te paralisar ou paralisar o que te impede.
Quando nós encarnados fazemos a passagem (morte do corpo), o primeiro Orixá a interagir em você é Omulu, cortando o cordão energético que liga o seu espírito ao seu corpo. É a primeira força que interage com você. Ele tira você do plano carnal deixando o seu espírito apto a adentrar no plano espiritual. Nesse momento, a próxima estrutura que interage é Obaluaye, te transmutando, equilibra, fazendo com que você evolua. Por isso que as antigas literaturas pensavam que era o mesmo ser, que cortava e fazia com que você transmutasse no lado espiritual. Nós umbandistas entendemos como duas forças.
Omulu é a força armada de Obaluaye, força bélica.
Nanã é o contrario, quando você vai encarnar ela entra para decantar o seu mental para que você não lembre de encarnações passadas.
O teu corpo perde células diariamente, por isso que envelhecemos. As células geradas não possuem as mesmas propriedades que as antigas, substitue as antigas e você começa a ter a aparência de velho. As celulas novas não possuem a mesma elasticidade que as células antigas. Pensando em analogia sobre os ciclos, Yemanja e Omulu estão na sua vida em cada milésimo de segundo da sua vida.
A cada minuto da sua vida você faz uma escolha, a cada milésimo de segundo você pode fazer uma rota diferente.
A Umbanda usa geralmente Omulu pra descarrego, energias densas, usado muito mal nesta religião, esquecendo que ele é fundamental no nosso processo evolutivo. Porque sem ciclos, e sem términos e inícios de processos, não há experimentações. E sem as experimentações você não evolui.
Quando os africanos vieram para o Brasil, entendiam Omulu como uma estrutura igual a de Obaluaye, como o mesmo ser, como o orixá da peste, orixá da morte. Apesar de Omulu e Obaluayê atuarem no cemitério, o papel deles está em lugares diferentes: Omulu atua abaixo do ponto zero do cemitério e Obaluayê atua acima do ponto zero do cemitério.
Quando estamos com problemas, geralmente acendemos vela pra Ogum abrir os caminhos, pedir justiça para Xango, e as vezes você esta precisando de Omulu para que ele dê ciência à tua capacidade de perda. Nós fomos treinados a aprender a não perder. Mas o estranho que também fomos treinados a não ganhar também...
O sentimento de perda para nós é muito lascivo. Quando perdemos dinheiro em um negocio é ruim, quando perdemos a pessoa amada é péssimo, etc. Nós somos umbandistas, acreditamos em reencarnação, mas quando perdemos um ente querido, nós sofremos.
Omulu também consegue PONTUAR, sendo muito parecido com corte. Em muitas situações na vida da gente, precisamos por ponto final para sairmos de uma freqüência e irmos para outra freqüência. Às vezes quando nos falta procedimento com qualquer outro orixá, Omulu pode te auxiliar. Imagine que você esta com desequilíbrio e geralmente pensamos que precisamos da freqüência de Xangô, mas pode ser que você precise de Omulu.
Omulu vai ser como um coringa no mundo dos orixás universais por ele ter essa capacidade de terminar ciclos, te pontua. Muitas vezes o que falta para você ter equilíbrio é terminar uma situação, e depois você volta para Xangô. Alguma situação que você esta passando e que esta te tirando do equilíbrio dos orixás universais, Omulu pode ser um bom remédio se você precisa terminar um ciclo.
Toda vez que você toma uma decisão na sua vida, Omulu esta presente. Do seu corte de cabelo à mudança de emprego.
Fazendo a analogia dele pontuar você e abrir novas possibilidades, aonde essa freqüência atinge você? Que cor que reage dessa forma? Omulu ele age em todas as vezes que você quer interagir com alguma entidade também, porque você esta iniciando e finalizando um ciclo nesse momento de interação.
O marinheiro tem tanto a freqüência de Iemanjá quanto de Omulu. Ele interage no alto, aonde estão as divindades, no plano horizontal aonde estão todos os humanizados, ele também reage no plano negativo, aonde estão os planos reversos.
Se atua no plano das divindades o cor da vela é branca. Se atua no plano reverso a cor é preta. Para nós que estamos aqui a cor é o vermelho. Portanto, numa firmeza de Omulu, você pode ter as três cores. Ele é um orixá Tripolar, atuando no alto, no centro e embaixo. Você pode também usar a cor que simboliza essa tripolaridade: o roxo.
SINCRETISMO: São Bento ( a força armada da Igreja Católica).
Antes dos templários, existia uma força bélica na Igreja Católica, que eram os beneditinos. Existiam as grandes bibliotecas cristãs, aonde eles eram os bibliotecários , faziam as traduções do hebraico para o latim, etc. Houve a necessidade quando os turcos otomanos invadiram a Europa, em proteger essas bibliotecas. Então, os beneditinos fizeram grandes conventos, aonde as bibliotecas foram levadas, e os beneditinos ficavam dentro delas protegendo-as para que os turcos não adentrassem. Era a força armada da Igreja Católica.
SAUDAÇÃO: Atotô Omulu! Ou Omulu yê tatá! (Saudação ao velho Sr. Da Morte!)
Em 90% das casas de Umbanda o assentamento de Omulu é feito do lado de fora por ter esse perfil bélico.
Assentamento de Omulu: no chão, você coloca uma alvenaria em forma de uma pequena escada e coloca uma cruz de madeira em cima (como se fosse o cruzeiro do cemitério do lado de fora do seu terreiro). Nessa cruz, você coloca um rosário de pedra ônix. Coloca também um copo com água, um pouco de terra e uma vela preta. Esse assentamento tem que estar muito limpo, a água trocada sempre, etc. tudo isso tem que ser consagrado no cemitério.
Por Omulu ser um orixá tripolar, você pode acender a vela para ele no chão.
AMACI DE OMULU
Água de fonte com pétalas de crisântemos brancos. Pegar as pétalas de crisântemo juntamente com a água; macerar; colocar na geladeira por umas 8h.
O amaci tem uma função ritualística: consagra para Omulu, se lava a cabeça, se cobre ela até os términos dos trabalhos do templo. O teu chacra coronário é a ligação com os divinos. Quando você lava a cabeça é para aumentar a conexão.
OFERENDA
7 velas brancas
7 velas vermelhas
7 velas pretas
1 punhado de pipoca
1 coco
Sal grosso ou qualquer outro
3 alguidar
Azeite de dendê
No centro, copo com água (condutor universal);
No alguidar de baixo, colocar o sal, simbolizando o termino do ciclo.
Alguidar da esquerda a pipoca;
No alguidar da direita, o coco;
Do lado esquerdo é a freqüência de Omulu interagindo com a freqüência Obaluaye, no processo de transmutação no inicio do processo aonde interage Omulu.
Do lado direito o coco, seria a estrutura branca de Oxala aonde se cutuam as divindades.
Temos aqui então, o começo, o meio e o fim.
Usar o mel no coco: mel é um elemento animal, uma segregação da abelha e a abelha é o animal que simboliza Omulu. Simbolizando as divindades.
A abelha é polinizadora, retirando o pólen da planta (fim do processo nesta planta) e abre a possibilidade de outras plantas nascerem. Todo o guia que tem esse simbolismo de polinização, tem a freqüência de Omulu. Por exemplo, exu morcego (que tem a mesma função das abelhas).
Polinização: temos uma flor macho e uma flor fêmea para que haja uma nova flor, o polen da flor macho tem que chegar na flor fêmea. Quem faz isso? As abelhas.
O azeite de dendê colocar na pipoca: o axé vermelho que substitui o sangue animal.
Exus: todos que tem nome de caveira;
Caboclos: Pena Roxa, Arranca Toco (pelo alfanje);
Pomba gira Mariposa;

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

MARINHEIRO

MARINHEIRO
TRONO DA GERACAO
YEMANJÁ OMULU
MARINHEIRO (ser humanizado do TRONO da GERACAO)
Para cada Trono, há sempre um humanizado, que tem a características de ambos os orixás.
Imagine uma linha do tempo onde se criaram os espíritos, aquele que hoje é uma entidade marinheiro surgiu no mesmo momento que nós, encarnando e desencarnando varias vezes. Quando ele desencarnou, se desenvolveu espiritualmente, e utiliza o corpo de outro ser para manipular o seu ectoplasma, beneficiando a si e o próximo.
Na maioria das casas, o marinheiro foi na ultima encarnação um homem do mar. Se ele é um caboclo é porque ele foi um índio, etc. Se formos por essa lógica, hoje que eu trabalho com Tecnologia, eu seria o que? Não tem...Portanto, ser um guia espiritual de transição, significa que este ser alcançou um grau, representando um Trono. Se ele virou marinheiro é porque ele tem as qualidades dos Orixás Omulu e Yemanjá. Pelo o gráfico que sempre utilizamos, o marinheiro já foi um exu, e já galgou muitos graus.
O marinheiro manipula uma vibração aquática. Quando ele aparelha no médium, ele traz esta energia aquática para o médium, por isso que ele fala e se move como se estivesse embriagado. Ele não é bêbado, ele manipula álcool etílico. A primeira aparição de marinheiro na Umbanda foi por volta da década de vinte do século passado, mas esta manifestação já acontecia no Catimbó, na Macumba Carioca. Quando eles viram o marinheiro balançando, acreditaram que ele estava bêbado.
Por que o marinheiro muitas vezes acaba contando a vida dele pra você? Ele tem as qualidades de Yemanja, que é a geração, e tem as qualidades de Omulu, que é a paralisação. Isso quer dizer o quê? Isso é um ciclo, que tem o início (geração), e o fim (paralisação). Portanto, o marinheiro fala da vida dele para você porque é uma forma de te dizer que ele cuida dos seus ciclos. Cada célula do seu corpo tem o dedo do marinheiro. Ele é o humano que trabalha o seu mental para que você entenda o ciclo. E tudo na vida é isso, ciclos...
O marinheiro é muito bom para tratar doenças, porque ele cuida do seu mental para que você aceite, cuidando do ciclo dessa doença.
Alguns marinheiros falam: “Quando tudo dá errado, solta a mão do leme porque uma hora a tempestade para e você estabiliza”.
Para marinheiro é bom pedir responsabilidade para você entender o ciclo da sua vida. Tirar a responsabilidade que você colocou em Deus, e coloque dentro de você.
A CHAVE É A RESPONSABILIDADE.

NOMES DE MARINHEIROS
A regência primaria é de Omulu ou de Yemanjá. Mas a Umbanda utiliza mais Yemanjá para se remeter ao marinheiro, mas não esquecer que ele esta ligado aos dois orixás do Trono da Geração.
MARINHEIRO DOS 7 MARES – se remete à Oxala e das Sete Encruzilhadas (ligado ao Trono que rege o planeta Terra) e em Yemanjá (estrutura primária)
ZÉ DA PROA – Todo Zé esta ligado à Oxalá (São José)
Proa – é o que esta à frente no barco, o primeiro a chegar, pode ser “Exu”, mas a proa também esta ligado a Ogum porque a proa abre os caminhos.
MARINHEIRO DE ANGOLA – As estruturas de Angola se remetem ao culto de Nação, estrutura raiz da cultura. Precisaria saber qual Orixá era cultuado em Angola.
MANÉ DA HORA – Hora é Oyá Tempo.
MARINHEIRO SIRI OU MARINHEIRO CARANGUEJO – marinheiro de Nanã.
EXEMPLO PARA UTILIZAR A FREQUENCIA DO MARINHEIRO SIRI: se eu estiver sofrendo muito com a perda de alguém, eu posso pedir a essa força que GERE CONDIÇÕES para que eu sofra com essa perda, mas que não tire as lembranças boas de mim, que apenas as decante.
Existem marinheiros que estão na freqüência também da esquerda – MARINHEIRO MARAFO, ele não precisa falar com o exu, o marinheiro pode resolver sozinho.

domingo, 4 de setembro de 2011

VIGESIMA TERCEIRA AULA

YEMANJÁ
Yemanjá existe no mundo inteiro. Se você for para a Europa, as pessoas conhecem a imagem de Yemanjá, diferentemente dos outros orixás.
Aqui também temos uma relação muito forte com Yemanjá, porque por muito tempo vivemos da pesca, e uma colonização que foi mais de 200 anos no litoral.
Eu vejo que a Umbanda utiliza Yemanja de uma forma ruim, ou de forma muito confusa. Tem tantas formas para trabalhar com ela, mas preferimos da forma imediatista, de forma muito parecida como tratamento exu: eu te dou uma oferenda e você me dá x.
Yemanjá – orixá Universal (vibra todo o tempo no ambiente).
Vibra GERAÇÃO: quando trabalhamos com GERACAO, associamos com “prover”, como se ela fosse sempre te dar, e isso tira a sua responsabilidade de obter.
Vibra CRIATIVIDADE: uma forma de trabalhar o seu mental gerando situações. Ajuda a ter criatividade em algo que você necessita, e a responsabilidade para criar. Processo mental para que você “se banque”.
A nossa vida trabalha em cima de ciclos. O inicio é de responsabilidade de Yemanjá, e o término é de responsabilidade de Omulu, entrando Yemaná novamente, e assim por diante. Se você esta no inicio de um ciclo e está com dificuldade de se bancar, você não monta um alicerce forte para esse ciclo, e você acaba ‘boiando” até chegar o final, em que aparece Omulu para finalizar o ciclo já que vai dar errado. E ele acaba fazendo com que você renove, entrando Yemanjá e esta pede para que você tenha criatividade e você não tem, então, você vai “boiando” novamente, e assim passamos a nossa encarnação.
Nosso dia, que tem 24 horas, também vivencia este ciclo. Yemanjá e Omulu rege cada milésimo de segundo da sua vida.
Usando Yemanja da forma correta, ela entra no seu mental te dando discernimento para você saber o que é bom e o que é ruim para você, para você mesmo criar condições para obter o que deseja e necessita.
Todos os orixás estão na sua coroa e estão interligados, um não funcionando sem o outro. Cada um tem uma responsabilidade, mas todos elos da mesma corrente.
A criatividade usada por Yemanjá esta relacionada ao discernimento, até você chegar ao ponto de você ser tão criativo conseguindo olhar e assumir os seus defeitos e culpas, parando de por a culpa nos outros.
Por mais que você queira, a natureza não vai fazer o que você quer, sendo assim, você precisa aprender a se “bancar”.
Se você tem um chefe ruim, e já percebe que esta na hora de sair do seu emprego, você precisa assumir e acreditar que mesmo saindo do emprego, você vai conseguir dar conta dessa situação. Yemanjá da esse discernimento para você. Você geralmente não sai porque esta com medo. Yemanja pode entrar no seu mental e criar processos criativos para que haja discernimento.
Processo de criação, o seu mental precisa de condições, criar opções.
O ateu geralmente é rico, porque ele não põe Deus no meio, ele faz tudo por ele.
O que o Lula tem diferente da gente? Ele é criativo. E o Silvio Santos? Criatividade...
Cor : azul claro
Pedra: água marinha
Saudação: Odoci yaba (se remete a água de rio)
Sincretismo: Nossa Senhora dos Navegantes
OFERENDA
7 velas azuis clara (ativação da freqüência de Yemanja juntamente com a freqüência do fogo de Xango (acalentador) ou a freqüência do fogo de Egunita (devastador), depende da necessidade;
1 alguidar
Porção de arroz  (cereal feminino) doce (congregação), sem canela (dentro do alguidar). Se você colocar a canela, você estará ativando uma força ígnea vegetal, trazendo uma Yemanjá devastadora, que cauteriza. Depende da necessidade.
Champagne clara/ branca
Recipientes para por a champagne
Enfeitar a oferenda com pêssego em calda (ativando a freqüência de Iansã para dar movimento), mas pode ser uma flor amarela;
Pode colocar a água marinha se quiser
Ponto de força: mar (calunga grande) ou no cemitério (menos na porta ou no cruzeiro)
 
AMACI
Água da fonte, evitar a água do mar porque ela oscila energeticamente de acordo com a Lua;
Rosa branca
Erva cidreira macerada
1 anis estrelado
 

domingo, 14 de agosto de 2011

VIGESIMA SEGUNDA AULA

Nanã Buruque
Este orixá, é mal explorado porque é visto com um orixá que traz situações de doença para as pessoas.
Seu nome significa “Vovó da morte ruim” do Nago Iorubá.
Sua qualidade é a de DECANTAÇÃO. Se você pegar uma garrafa com água suja, e deixá-la parada, depois de um tempo as impurezas ficarão embaixo e a água em cima, separadas, dando-se a decantação. Nada é retirado, apenas separado. E Nanã faz isso com o seu espírito. E em que momento ela faz isso?
Nós somos espíritos que encarnamos várias vezes, e no momento do nosso encarne, Nanã faz o seu papel de decantar a nossa memória de situações de outras vidas, não tirando isso de você. Assim, quando você encarna, você não lembra das suas ultimas encarnações.
Para aqueles de Nago ioruba a felicidade sempre foi o que é eterno, a morada dos orixás. Por isso, para eles, encarnar era penoso, a morte para a parte ruim, e Nanã era aquela que fazia esse papel na reencarnação.
Cor: lilás
Sincretismo: Santana
Ponto de Força: lagoa, brejo, mangue/ (terra e água).
Saudação: Saluba Nanã (remete a uma qualidade da água de Nanã, mas esta confusa esta tradução).
Outra qualidade: MALEABILIDADE
Portanto, Nanã consegue que você fique maleável/ confortável em ambientes hostis. Exemplo: emprego novo, ou algo que te deixe mais ambientado.
TIRA O MEDO? Ela decanta, não tira nada de você.
O medo é um alarme do seu corpo para a sua autopreservação, sendo algo normal. Quando você perde a qualidade de vida, vira fobia e aí sim, fica interessante você trabalhar com Nanã, porque ela vai decantar essa situação, não vai tirar o medo, mas vai colocá-lo no lugar certo, para a autopreservação do seu corpo físico. Para a pessoa que não tem medo de nada também é interessante porque esta pessoa esta com dificuldade em usar o seu extinto do ser mamífero.
Obaluaye é um orixá universal, que vibra o tempo todo no ambiente. Quando você sai desta freqüência de evolução, entra o Orixá cósmico Nanã. Se você esta numa realidade nova e não consegue estabilizar e evoluir, ela começa a te decantar e te dar maleabilidade (jogo de cintura) para que você comece a transmutar.
Razão x emoção : se você esta muito racional, você sai do seu instinto e para de evoluir; se você é emotivo sem razão nenhuma, você também não evolui. Nanã aparece para dar equilíbrio.
o Alzhaimer é uma doença degenerativa que você vai perdendo a memória. E isso afeta a família toda. Nanã aqui é interessante, ajudando a controlar um pouco a doença e deixar a família mais equilibrada neste processo, para que todos voltem à evolução de Obaluaye.
DINHEIRO: É axé. “Ter dinheiro para viver” é uma forma pobre de ver o dinheiro.
Eu preciso de dinheiro para manter o meu corpo físico vivo, para que o meu espírito fique acoplado ao meu corpo físico para que eu cumpra a minha missão carnal. Eu não faço isso sem dinheiro. Por isso, dinheiro é sagrado, como água. Será que você não tem dinheiro porque você não tem MALEABILIDADE para esse axé? Será que quando você pensa em dinheiro, você não lembra do seu pai falando que você precisa SE SACRIFICAR para ter dinheiro? Se você usar a freqüência de Nanã neste processo, você decanta essa informação de SACRIFICIO e começa a ficar maleável, e sabendo para que serve, não falta. Com dinheiro, é mais legal.
TRABALHO: se você trabalha para ter dinheiro é o mesmo que querer trabalhar para chover...VOCE TEM QUE TRABALHAR PARA SE SATISFAZER. Se você descobre o que você gosta, o dinheiro NÃO FALTA.
DOENÇA: você não tem que oferendar Nanã ou Obaluaye para te curar. Você espera ficar doente para pedir a cura. Pede para que eles entrem no seu mental, tire a freqüência da minha vida que me deixa doente.
EXU DE NANÃ (exu do Lodo): te esgota para você entrar novamente na freqüência “Nanã”.
CABOCLO DE NANÃ: Caboclo da Lagoa, Caranguejo, Caboclo da Mina (mina d’água).

OFERENDA
7 velas lilás;
1 pote de ameixa em calda (porque já passou pelo processo de decantação);
1 melancia (simboliza terra e água);
Partir a melancia ao meio, colocar as velas em volta. Tirar um pouco do recheio da melancia e colocar um pouco da ameixa em calda dentro.
Ponto de força: lagoa, mangue.

FIRMEZA DE NANÃ PARA O ALZHAIMER
Coloque terra até a metade de uma cabaça (sem tampa), e na outra metade, colocar água de lagoa ou mineral. Levar isso no ponto de força, circundar com 7 velas lilás, e deixe aberta. Peça para que essa estrutura se remeta ao mental do portador de Alzhaimer e de sua família, para que eles tenham maleabilidade, que os picos da doença sejam decantados, que os picos de raiva de quem assiste isso, seja decantado, para que todos caiam na freqüência de Obaluaye e se transmutem.
Ficar por uns 20 minutos.
A cabaça levar para a casa. Tampar com um pano de filó e amarre com um laço lilás. Você está levando um pouco do pedaço de força para sua casa. Deixar sempre com uma vela de 7 dias. Pode deixar no altar ou em outro cantinho. De tempos em tempos você volta ao ponto de força para reenergizar. Não esquecer de colocar sempre água mineral, completando a cabaça.
Você pode incorporar para ajudar com o seu ectoplasma.
Deixe na casa do paciente.

Para pessoas muito teimosas, duras, Nanã é uma boa freqüência de mudança.
Existem 3 tipos de axé na natureza:
axé verde: vegetais;
axé vermelho: que simboliza o sangue (como não fazemos corte de animais, usamos azeite de dendê para substituir);
axé branco: água;

AMACI
Água mineral;
Guiné;
Macerar os dois, coloque água e deixar curtir por 6 horas na geladeira.





quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Resumo Vigésima Primeira Aula

OBALUAYÊ
Tradução do nagô-yoruba: “Rei da terra dos mortos”
Nós umbandistas não entendemos a estrutura de morte, mas de passagem, porque o espírito é eterno.
Obaluayê é um orixá Universal, vibrando a freqüência dele o tempo todo, a gente captando ou não.
A freqüência que Obaluayê emite é de TRANSMUTAÇÃO.
TRANSFORMAR X TRANSMUTAR?
Transformar : você transforma uma coisa em outra coisa;
Transmutar: você pega uma coisa, muda o molde dela para ser a mesma coisa;
Obaluayê não pega o seu espírito e transforma em outra coisa, você continua sendo a mesma em outro formato, ora carnal, ora espiritual.
Obaluayê também é ESTABILIZADOR (equilibra neste sentido): você esta na realidade carnal, em que seu espírito esta encapsulado numa carne. Há o momento da passagem, o esgotamento desse espírito. O seu espírito vai para uma outra realidade e há a necessidade do seu espírito ser estabilizado energeticamente, dando o equilíbrio nesse sentido.
A primeira intervenção no momento da passagem, é de Omulu, cortando o vinculo da sua matéria com o seu espírito. Nesse momento, o seu espírito ainda esta na realidade material, sendo envolvido pela energia Obaluaye, transmutado para a realidade espiritual e estabilizado na nova realidade. Existe um caráter de evolução aqui, pelo menos a tentativa. Sempre te dando o norte evolutivo do processo. Depois disso, você é atraído para um espírito humanizado para que haja a sua real estabilização. Pode ser um exu, para esgotar algum sentimento, ou um caboclo, etc. Mas acredito que toda passagem você passa pelo exu, porque todo o processo carnal é muito contundente.
Você pode ter uma encarnação que de tão longe você esteve do seu espírito, você acabou ficando muito longe da freqüência de Obaluaye. Você acaba sendo um espírito que ainda vive no mundo material. Obaluaye tenta mas não consegue. Nesse momento, você precisa ser esgotado para ser estabilizado novamente pelo Trono Reverso Evolutivo, que seria um exu natural, não um ser humanizado. Ou até por Nanã que é um orixá cósmico, para tentar voltar para Obaluaye.


ACREDITAMOS NA ETERNIDADE?
Se somos eternos não existe problema. Se você acredita no problema, você não acredita na sua eternidade, porque isso não vai parar você.
Aluno: se você tem um tipo de problema, que se você acredita que há a eternidade, você sabe que vai passar e poderá crescer com a experiência. Se você tem o livre arbítrio de se matar, o que você aprendeu?
Se ele for um terrorista, ele ta fazendo isso porque sabe que vai ser bom para ele, alicerçado na fé dele. O que pode e o que não pode?
Se você acredita 100% que você é eterno, não existe suicídio, não existe problema, doença.
Acreditar na eternidade é um voto de fé, como acender uma vela.
Se você tem fé, acredita em você, acredita no seu espírito, você não precisa de religião. Você já esta em Obaluaye. Ele que te alicerça para que você acredite 100% na eternidade. E isso é uma fé diferente de Oxala.
Oxalá é uma fé num conceito geral.
O fanatismo é diferente de ter fé de Obaluaye, porque o fanatismo é algo que você acredita mas só a sua fé esta certa. E aqui, você não transmuta. Se você nunca transmuta a sua realidade, você nunca vai passar por novas experiências, você para de evoluir.
Nós temos dificuldade em acreditar 100% na eternidade porque nós fomos treinados a acreditar que a passagem não é um processo natural.
O que é cura? Para curar você passa pelo tripé da transmutação, estabilização e evolução. A cura não é física para Obaluaye. Ela é espiritual ou mental.
Se eu fumo muito e fico doente, não adianta eu acender uma vela para Obaluaye curar o meu físico. O que ele vai fazer é mudar o meu padrão mental para que eu não continue esse processo. Até o fato que essa doença é algo que você tem que passar, que você é 100% responsável, para que você seja transmutado para uma outra realidade, se estabilizar nessa nova realidade, para que você evolua.
Você não quer aceitar, geralmente você só quer parar a doença. Você continua achando que você é vitima. Se você vê que é responsável, você consegue transmutar o processo.
Você precisa observar na sua vida e ver que padrão mental que você pode curar com a freqüência de Obaluaye. Um processo mental que te afasta do processo de amor, que te afasta do processo dinheiro, que te afasta do processo ser feliz.
Falta de dinheiro pode ser uma doença e em um certo momento, ela pode se tornar física, através de uma baixa imunidade, depressão, etc.
Sobre o seu trabalho, você o atraiu por mais que você reclame. Será que você não precise transmutar para essa realidade, estabilizar nessa realidade e começar a evoluir dentro desse trabalho? Isso também serve para relacionamentos, com os familiares...porque quando você tem uma crise de geração entre você e a sua mãe, o que você precisa é transmutar para essa realidade, entender o processo, estabilizar e evoluir?
E a gente sempre tira a responsabilidade do nosso colo.
Se você se magoa com aquilo que foi dito, você é realmente aquilo que foi dito. Porque se você não é, você não se importa.
E para isso, temos que ser como Obaluaye, como terra e água, ter mobilidade, ser maleável.
Queremos evoluir para quê? A gente não sabe o que é evolução. Por primicia, evoluir é fazer o que você tem vontade, escutar o meu espírito, e agrado a única coisa que vai ficar comigo pela eternidade que sou eu.
As antigas casas não gostam de lidar com Obaluaye, porque tem medo de ficar doente, por isso o rosto coberto. Se você acredita que uma manifestação de Deus, pode fazer isso com você, você acredita que Deus tem vontades, e você é uma marionete. Aqui Deus não é divino, mas um super humano.
O que a gente aprende aparelhando os espíritos? Passividade. Você sendo passivo, eles começam a passar conhecimento. Se você é passivo e acredita na eternidade, você evolui. Se você esta desempregado e você fica pensando nisso, você só aumenta esse monstro do desemprego.
CAMPO DE ATUAÇÃO: mobilidade = terra e água.
Obaluayê é aquático e telúrico, estruturas que ele vibra.
Cor: em muitas casas se trabalha com varias cores, principalmente casas do culto de nação.
Nesta casa trabalhamos com a cor violeta.
Também vemos com as cores: branca, preta e vermelha. Essas cores porque ele é considerado um Orixá tripolar, porque ele transmutar, ele trabalha tanto no alto, no embaixo e no centro. A vela branca remetendo ao alto, a vela preta remetendo ao embaixo, e a vela vermelha remetendo a nós, o ambiente de centro.
A cor violeta já remete para os três campos (alto, embaixo e centro).
PEDRA: turmalina negra
SINCRETISMO: São Lázaro
CAMPOS DE FORÇA: Calunga grande (mar) e a Calunga pequena (cemitério).
O cemitério é o único campo de força que tem a frequência dos orixás, mas que não é natural, é fabricado pelo homem, diferente da cachoeira, mata, a montanha.
O cruzeiro do cemitério, para os cristãos, é a passagem para o mundo espiritual.
SAUDAÇÃO: Ato to Obaluayê! (silêncio porque o velho vai passar).
PRETO VELHO
Nós temos no gráfico na extrema esquerda, o ser humanizado exu e na extrema direita, o ser humanizado caboclo. E há também as linhas intermediarias e temos o preto velho.
O preto velho é um espírito humanizado que esta desencarnado, e que possui as qualidades de Obaluayê. Se Obaluayê transita no alto, centro e embaixo, o preto velho também, ora ele pode expandir, ora pode estar no centro, ora ele pode absorver, um preto velho kibandeiro. Se o preto velho esta no plano espiritual e transmutou 100% a sua realidade, evoluindo e estabilizado do lado espiritual, acaba se diferenciando dos outros porque não precisa mais encarnar.
Na colonização brasileira, nenhum negro envelheceu. Todos morriam jovens. O negro envelheceu depois da Lei do ventre livre. Portanto, as entidades de preto velho, muitas vezes nem foi preto, nem velho. Isto é uma roupagem do perispírito para a gente entender como alguém maduro, sabio. O preto velho na Umbanda é um grau.
Nas antigas roças de macumba no Rio de Janeiro, no culto à Jurema no catimbó, já havia os pretos velhos. A Umbanda se utilizou desta entidade.
Quando você aciona o orixá e quando você aciona o espírito humanizado da freqüência deste orixá? O orixá é uma freqüência e o preto velho é um ser, que passou pela experiência de encarnação. Se você não consegue acessar o orixá e nem o orixá cósmico consegue te colocar lá, preto velho é o caminho. O humanizado tem a qualidade de manipular ectoplasma.

OFERENDA
1 alguidar
Dentro do alguidar, pipoca
Quando estourar a pipoca usar azeite de oliva (pouco) ou estourá-la na areia, sem sal. Com areia há o elemento mineral, remetendo ao mar;
O milho transmuta para pipoca;
7 maços de crisântemo branco (expansão);
Mel (regar as pipocas) freqüência de Oxum que congrega o processo;
Vinho licoroso (potencializa);
7 copos (metade do maracujá);
7 velas (branca ou violeta) que vai ser de devastar ou de acalantar;
Local: ou no cruzeiro do cemitério ou no mar;
Cura financeira, saúde, o que precisar transmutar;
Para o preto velho pode-se colocar alimentos que remetem ao tempo da escravidão como mandioca cozida, bolo de fubá, canjica, café. Pedir para ele algo mais focado, mais humana, como o teu chefe, por exemplo. Pedir que ele me transmuta para a realidade de fartura com relação ao meu trabalho. Se você pedir para abrir os caminhos, você precisa ter o mental apto para que eu banque isso. Os clientes precisam entrar e ficar.

PIPOCA x TRANSMUTAÇÃO
O milho passa pelo processo de transmutação, só que para isto acontecer, qual é analogia magística que a Umbanda faz? Há a intervenção de um terceiro elemento. O milho por si só não vira pipoca. É necessário que você coloque o que o contenha e que precise de alguns ingredientes entre o fogo e o milho (óleo ou areia) para que aconteça. O milho vai passar pelo processo transmutador, estabilizar nessa nova matéria, e vai para o processo de evolução. No processo de Obaluaye há, como na pipoca, uma intervenção de um terceiro que no caso, é você. Obaluaye não entra sozinho na sua freqüência, você que tem que entrar na freqüência dele, porque precisa do primeiro passo seu.
CULTO DE NAÇÃO
Iemanjá achou Obaluaye, este estava todo cheio de feridas atrás de uma moita em uma festa em que estavam os outros orixás. Ele esta escondido porque ele tinha vergonha porque ele tinha o corpo cheio de chagas. Ogum pegou o telhado da festa, feito de palha de Chachará, e cobriu Obaluaye. Iemanjá tem dó dele e o leva para o fundo do mar, o alimentando com pipoca. Por isso que ele é considerado como o Orixa da doença, mas isso não é verdade. Você não conseguindo evoluir é que você ficará doente.
Os escravos que vieram para o Brasil acreditavam nessa lenda. Acreditavam que a pipoca era um alimento sagrado que conseguia limpar o corpo físico ou espiritual das pessoas.
O Banho de pipoca é a freqüência Obaluaye em um objeto que entra no perispirito da pessoa, abrindo o portal necessário para que esta seja tratada.
No preparo da pipoca, você pode usar o azeite de oliva (mínimo possível) que remete à Oxala, que é de congregação. Você pode utilizar o objeto no ponto de força de Obaluaye (cemitério ou o mar). Também pode fazer a pipoca com areia. Você pode usar um punhado de pipoca no ponto de força, no cruzeiro do cemitério ou no mar.
Se você for fazer este descarrego, a primeira coisa é que você não deve ir sozinho, porque se a pessoa que você esta levando entrar em desequilíbrio, você pode ser processado por assedio, porque você vai tocar no corpo da pessoa. A segunda coisa é que leve uma vassoura para limpar a sujeira e pipoca usada.
Faça um circulo com uma pemba à frente do cruzeiro, coloque a pessoa dentro deste circulo. Pegue a pipoca, vai rezando e pedindo, jogando a pipoca da cabeça para baixo. Deixe a pipoca por uns 20 minutos e depois a recolha e jogue no lixo. Use também um copo de água (condutor universal) e uma vela da cor de Obaluaye. A pessoa que estava dentro do circulo não precisa ficar os 20 minutos.
O banho de pipoca pode fazer no terreiro também. A pipoca usada esta com a energia da pessoa, portanto é interessante mandá-la para o cemitério e acender uma vela para Obaluaye ao invés de você jogá-la num lixo comum.
Se for determina algum horário para fazer o banho ou uma oferenda procure fazer nesse horário determinado, porque provavelmente há uma egrégora montada esperando isso acontecer.

TRANSPORTE
É um processo litúrgico da Umbanda, mas que foi resgatado de procedimentos judaico-cristão, como o exorcismo.
Todos nós temos uma estrutura que é chamada de campo mediúnico, que fica a uns 20 cm do seu corpo físico, servindo como mecanismo de defesa e auxilio. Imagine que na sua casa tem um espírito humano que não esta na freqüência Obaluaye, não acredita que morreu e parou de evoluir. Ele esta em espírito, mas convivendo na matéria. Ele não é perverso, esta apenas fora da realidade. O teu campo mediúnico entende que ele precisa estar na freqüência Obaluaye. Então o seu campo mediúnico o acolhe, você o traz para você e a partir disso você começa a ficar “carregado”. Esse campo é infinito. Também é moldável, indo aonde você quiser com a partir do desejo do seu mental.
O transporte é o mecanismo de encaminhar esse espírito que esta no seu campo mediúnico. Esse espírito precisa transmutar, estabilizar e evoluir, mas ele não conseguiu. O transporte vai fazer isso de duas formas: o médium com a entidade, lançando o campo mediúnico do médium no consulente, traz esse espírito para o campo mediúnico do médium através do ectoplasma humano que faz o “link” da matéria, o estabiliza na realidade espiritual e o encaminha. A outra forma é chamar um médium de transporte para fazer isso. A estrutura espiritual começa a irradiar energia espiritual através do ectoplasma do médium no consulente e começa a colocar o campo mediúnico do médium de transporte na freqüência necessária do espírito que esta no consulente. O campo mediúnico do médium de transporte começa a expandir, “embrulhando” o consulente trazendo para o médium de transporte essa estrutura. Essa estrutura aparelha e sai. Para você fazer o transporte, você precisa estar incorporando, porque se você não consegue com os guias que te conhecem, não vai conseguir com outro tipo de espírito. Você pode estar incorporado ou não.
Existem 3 tipos de espíritos considerados na Umbanda: o guia, sofredores, eguns.
Guia: um ser humano que colou um grau no plano espiritual: grau caboclo, preto velho, etc.
Sofredor: ele morreu, mas muitas vezes não sabe como isso aconteceu, não se estabilizando na freqüência etérea e muitas vezes, não aceitou esse processo ou pode não saber o que aconteceu. Ele não esta vinculado com nenhuma falange, independente.
Egun: no culto de nação é o espírito do morto. Na umbanda é um ser que passou pelo processo de sofredor, e que ao invés de poder estar junto a um médium, pode estar junto a um “trevoso” que também esta morto e que o usa. Portanto, não fica só um no campo mediúnico do médium, mas dois espíritos, que começa a desenvolver sintomas no campo espiritual e em seguida, começa a refletir no físico. O egun foi treinado a fazer isso pelo espírito trevoso. Se você tem um ser desse no seu campo mediúnico, você tem a mesma freqüência energética dele.

sábado, 21 de maio de 2011

Vó Benedita

Boa noite pra quem é de boa noite, e benção para quem é de benção..!!!!


Irmãos de Fé, novamente “to por aqui co ceis” para contar mais um “bucadinho das minhas prosa”.

Num dia bem nublado no inicio da noite, vinha eu “voltandu duma lida” no mundo dos encarnado, “tava” eu e o Senhor dos Caminho, “homi forti” que Guarda meu menino com todo carinho. Começo a “garoa e vi que eu ainda tava bem longi do meu distino”, de cabeça meio baixa ajeitando meu chapéu falei com o amigo Guardião.

- Senhor, o que faltava agora era uma garoa “né, dispois de de tudo que fizemu lá cum os encardado”, vamos voltar nesta chuvinha que vai “nuns moia tudo.”

Rindo alto o Guardião responde a mim:

- Mestre Jangada, voz estais incomodado com o que mais, não é somente esta chuva que abaixa um pouco a poeira e ameniza o calor que esta te incomodando, se quiserdes podeis falar.

Um pouco tímido respondo:

- “Oohhh Guardião danado, nois num pode nem pensá que o homi já percebi tudo, sabe o qui é as veis vorto de lá meio cansado, como pode aquele bando de encarnado recramá tanto das coisa e acha que nois e empregado dele, eles nem imagina o esforço que nois fais para estar lá tentando ajudar toda aquela genti, to cançadu viu”.

Olhando bem serio nos meus olhos nosso amigo Guardião responde:

- Mestre Jangada, estais há julgar os encarnados, voz de sabedoria profunda estais cansado deles, entendo e compartilho de vossa idéia, mas nunca me queixo deles, pois é por causa deles que conseguimos cumprir nossa missão, vamos tentando modificar a freqüência do pensamento deles, assim os encarnados iram cada vez mais entendendo as Leis da natureza e abraçando as responsabilidades que todos os encarnados possuem.

Ajeitando meu chapéu respondo:

- “Oia Guardião, tó cansando memu viu, sei lá o que pensu nesta hora!”







Novamente, agora gargalhando, nosso amigo Guardião responde:

- Mestre Jangada, olhais aonde estamos, veja como a Natureza é sempre generosa conosco, sejamos encarnados ou não, olhais ali em cima, a casa de seu amigo João, acredito que para passar este frio que estais há sentir por causa da chuva necessitas de um café.

Balanço a cabeça e nem sei mais o que responder, pois nosso amigo Guardião manobra o carroção que estamos e me faz desembarcar na porta da Casa do Seu João me dirigindo as seguintes palavras:

- Desembarcais aqui neste momento Mestre Jangada, vais tomar o Café de João, pois acredito que seu cansaço irá passar.

Desço meio sem graça, e começo a chamar seu João do “portãozinho” que divide a rua do quintal aonde seu João planta seus ervas.

- “Ohhh Seu João, - batendo palmas para chamar a atenção – ooohhh Seu João possu entrá, a garoinha ta me matandu...!!!!!

Na Casinha Branca, a portinha a azul de madeira se abre bem devagar, a vejo aquela Senhora que adoro, Vó Benedita abre aquele sorriso e responde com aquela voz alta.

- “Ohh Mestre Jangada, Nois estava esterandu sunce, entra entra sai da chuva vo passá aquele cafezinho que sunce gosta..!!!”

Entrando já vou agradecendo e respondendo à Vó Benedita:

- “Ohh Vó to contenti demais de ver a Senhora, o Veio João ta por ai?”

Com aquele sorriso a Vó responde:

- “Seu João ta lá com os encarnadu, ainda num vorto mas daqui a pouco vai estar com nois, senta...senta toma o cafezinho com a veia, faz tempo que num prozeio com sunce..!!!”

Sento, ajeito minha gravata, arrumo meu terno e pego das mão da Vó aquela xícara de barro com aquele café cheiroso que só ela sabe fazer, quieto olho para a Vó com cara de “pidão”. Sorrindo para mim ela me dirige a palavra prontamente:

- “Que cara é esta Mestre Jangada, ta com cara de criança que tomo bronca, o Guardião passo um corretivo em sunce? – rindo continua – ou é vontade daquele bolo de fubá que só a Veia sabe faze?”



De cabeça baixa respondo:

- “Num é nada não Vó, só to um bucadinho cansado da lida de hoje, por mais que nois tentamo ajudá os encarnado eles nunca vão entender o que nois fais, e se eles pede e nois num fais, é o Jangada que num é bom de serviço, cansa né Vó!”

Sorrindo e segurando minha mão a Vó Benedita responde:

- “Mestre Jangada, a Vó agora vai conta pra sunce como as coisa são, por que sunce como ser espirituar deve sabe, os encarnadu num sabe o que é ter contato com nois e o tantu de coisa que nois podi passa párea que eles tenham uma vida de mais compreensão, responsabilidadi e tambem conforto nas Luzis dus Divinu, pega o cadernilho ali a comuda que sunce vai escreve umas linha para passar pro nosso meninu ai ele vê o que ele tem que faze com esta linha e quem sabe alguém consegue entende o que nois pensa!”

Rapidinho pego o papel e o lápis na cômoda, sento agora na mesa tomo mais um gole do gostoso café e me preparo para anotar o que a Vó vai dizer. Me olhando sem perder o sorriso a Vó começa a falar:

- “Mestre Jangada, vamos faze do modu antigo, fecha os oio e segura o lápis bem firmi que nois vai interagi com seu espírito, dispois sunce faz a mesma coisa com nosso meninu!”




Vejo a Vó levantando e segurando minha cabeça com todo o carinho, neste momento sinto meu espírito se fundir com o da Vó Benedita, assim minhas mãos começam a escrever as linhas abaixo:



Filhos encarnados, todos nos espíritos de apoio à existência de vocês sempre proliferam palavras de amor e carinho a todos vos, entendemos que a nossa manifestação deixa a caminhada de todos vos mais branda, mas este é o momento de demonstrar algumas verdades a todos vos, logo penso que é o momento de todos entenderem com carinho o que vocês pensam sobre a espiritualidade e o que ela pode ensinar a todos vocês, assim leiam atentamente estes tópicos que tem somente o intuito de ilustrar alguns conceitos:




- Ser Espiritualista não é executar a caridade a terceiro, e entender que caridade não é uma muleta aonde as pessoas se apóiam perdendo a responsabilidade pela caminhada;
- Ser Espiritualista não é aparelhar ou ter acesso aos espíritos desencarnados, ser Espiritualista é entender que vosso espírito é eterno e sábio, e que acender a caminho da Luz e somente escutar seu próprio espírito;
- Ser Espiritualista é entender que quando você se ofende com algo que é dito sobre sua pessoa, aquilo é realmente o que você acredita ser, pois se você não acreditasse realmente que você é aquilo, as palavras nunca iriam lhe ofender;
- Ser Espiritualista é entender que todos vos são centelhas divinas do perfeito, e logo todos são perfeitos, e acreditar que todos vocês são imperfeitos é um conceito que vocês compraram de pessoas que utilizam o conceito de religião ou de acesso aos divinos de uma forma não saudável;
- Ser Espiritualista é entender que o Amor é o único caminho a ascensão de vosso espírito, pois o Amor é o único sentimento que soma, logo tudo que se soma se torna maior e o levará ao caminho da luz, logo se o que você senti não soma, seu sentimento não é Amor;
- Ser Espiritualista é entender que as diferenças são oportunidades de aprendizado e não um ponto de apoio de segregação, pois se a diferença do outro lhe incomoda, essa diferença com certeza é algo que você esconde até mesmo de você, e este sua tentativa de omissão deste seu perfil esta fazendo com que você pare de caminhar;
- Ser Espiritualista é entender que a palavra NÃO pode ser uma boa resposta, pois a negativa somente faz com que os encarnados saiam da zona de conforto que fabrica a estagnação de vossa caminhada;
- Ser Espiritualista é entender que não existe o BEM nem o MAU, o que existe é o uso inadequado das qualidades pessoais de cada um, e este uso inadequado é a causa primaria da negação das vontades de vosso espírito, logo este desagrado pessoal o levará a caminhos que não lhe fazem parte da vossa caminhada;
- Ser Espiritualista é compreender que ser humilde é somente ter orgulho de uma qualidade desta sua encarnação e a exploração total desta qualidade é a alegria principal desta encarnação, pois submissão é um perfil que desagrada seu espírito, logo submissão não é humildade.
- Ser Espiritualista e acreditar que seu espírito é eterno, logo não existe nenhum problema que atrapalhe sua encarnação, pois se sois eterno e os problemas passam, sua eternidade demonstra que os problemas NÃO existem, e se você acreditar que os problemas existem você não acredita que seu espírito é eterno, logo você não é um ser espiritualista.
- Ser Espiritualista é entender que o invólucro carnal que auxilia seu espírito nesta fase de sua caminhada é sagrado, logo ele deve ser devolvido a natureza do mesmo jeito que a natureza lhe presenteou, logo se você não cuida do material você não acredita no eterno sendo assim você não é um Ser Espiritualista;
- Ser Espiritualista é entender que isto é a coisa mais natural de todos nós, logo ser Espiritualista é somente ter o perfil de respeitar a Natureza como um todo e entender que você faz parte da natureza, logo deve ser respeitado.
- Ser Espiritualista é entender que as experiências que passamos é conseqüência de nossas escolhas, logo tentar colocar a causa destas experiências em outra pessoa pode de alguma forma aliviar sua culpa,mas você vai passar por esta experiência por mais que ela desagrade, pois você é causa e não conseqüência de todas as experiências que você passa pela vida.

Filhos pensais no que foi dito, e dêem a razão aos seus corações, pois somente ele é capaz de lhe compreender plenamente.

Neste momento sinto a Vó Benedita se afastar de meu espírito, e enxugando minhas lagrimas abraço a Vó com todo carinho e lhe dirijo as palavras:

- “Vó discupa minhas palavras ignorantes, mas eu tava cego pelo meu ego e num tava compreendendo mais nada, Vó brigado pela prosa e pelo bocadinho de atenção que a Senhora me deu.”

Segurando minha mão a Vó me leva para uma cama num quantinho e me cobre com uma manta e beija minha testa, neste momento entendo que realmente o café da minha Vó fez com que meu frio passasse.

Amor desejo a todos e reflito os auspícios dos divinos em suas vidas e Boa Noite para quem é de Boa Noite, e Benção para quem é de Benção.


JANGADA